O PATRIMÔNIO HISTÓRICO E A POPULAÇÃO

 

Uma parcela dos deodorenses não anda satisfeito com a atuação do IPHAN no Centro Histórico de Marechal Deodoro.

Em um caso registrado por um internauta, uma senhora, proprietária de uma lojinha no centro da cidade, reclamou do recebimento de um auto de infração do Instituto do Patrimônio por conta de uma placa fora dos padrões para identificar o seu estabelecimento. 

Os proprietários de imóveis no Centro Histórico deveriam se orgulhar do seu patrimônio valorizando-o em função do valor histórico. Assim como os demais órgãos públicos estão para atender à população nas suas necessidades prestando serviços de qualidade, o IPHAN protege a história e o patrimônio de relevante importância para a cidade. “Essa visão negativa que alguns ainda têm desse órgão deve-se ao fato da não participação da população nos processos e ações que devem ser desenvolvidos para cuidar da cidade como um todo” – comentou Ivam Reis.

Essa participação no planejamento e definição de ações pelos órgãos públicos é o exercício da cidadania. E quando a população se mantém alienada, ausente, sem participar para externar seus pontos de vista, oferecer sugestões e ouvir as razões do que está sendo planejado, não se pode cobrar posteriormente e só aceitar calado.

Em outra postagem foi registrado a opinião de uma moradora deodorense: Nós cidadãos deodorenses, na sua maioria, não valorizamos a riqueza que temos. De forma geral o povo não reage e sofre as consequências.

Na cidade mineira de Tiradentes, os seus habitantes, cientes do valor de valorizar a cenografia colonial que atrai turistas de todos os lugares, tomaram a iniciativa de construir casas novas ao longo do acesso ao centro histórico, com as mesmas características das existentes.  Assim agiram para reforçar a importância da cidade, mesmo cientes de que não existiria nenhum valor histórico, apenas para manter o clima da colônia, como dizem. O IPHAN não interferiu por estas casas se encontrarem fora do sítio histórico.

É essa consciência que o Deodorense não tem e, segundo Luo Gomes, para que ela exista seria necessário que fossem inclusas disciplinas nas escolas municipais que abordassem o valor da cultura, arquitetura e história da cidade.

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